domingo, 18 de janeiro de 2015

ANJO DO DIA 18/01- Yesalel. Deus de gloria do universo- 01/04- 13/06- 25/08 06/11-



Missão; É o que você trás de outras vidas; Auxilia nas relações sociais e a ter sorte. no matrimonio. Fornece  qualidades de solidariedade, humanitarismo, amizade, compreensão conciliação e simpatia. Planeta correspondente; Saturno.  Saturno é o sexto planeta a partir do Sol e o segundo maior do Sistema Solar atrás de Júpiter. Nomeado pelo deus romano da agricultura, seu símbolo astronômico () representa a foice da divindade.7 Saturno é um planeta gasoso com um raio aproximadamente nove vezes maior que o da Terra.8 9 Apesar de ter apenas um oitavo da densidade da Terra, sua massa é 95 vezes maior.  Hora que seu Anjo visita á terra; 04h00ás04h19. Salmo 97. Número da sorte; 7. Dia da semana; Quinta-feira. Nome do anjo em letras hebraicas; yod/ zain/ aleph/ lamed.  Nome do anjo em numeros; 10/ 7/ 12/ 1/ 12. Carta do taro. Os enamorados.  A carta dos Enamorados ou Namorados ou Amantes, é o sexto Arcano Maior do Taro e é uma carta dupla: pode representar um homem dividido entre duas mulheres mas também pode representar simplesmente um casal . A carta remete para uma escolha, também pode simbolizar "o pecado". Tem o número VI e a letra hebraica VAU. Comprometimento e amor  Resumidamente, a carta significa atração, dúvida, indecisão, relacionamento afetivo, dualidade, duplicidade, união de opostos, caminhos a escolher e comunicação.  É um momento propício para tomar decisões. Há barreiras que devem ser ultrapassadas. Tome a decisão com o coração.  Mês da mudança favorável em sua vida profissional/pessoal.  Junho.  Exerce domínio sobre os Ilirianos  Situada à sudeste do continente europeu, num ponto de interseção, entre a Europa e o Oriente Médio, os Bálcãs foi o caminho por onde trafegaram exércitos guerreiros em suas campanhas de conquistas desde a idade antiga: gregos, macedônios, romanos, Mongóis, bárbaros germânicos, eslavos, turcos, austríacos, alemães nazistas... Idade antiga:  A região foi ocupada pelos gregos e pelos romanos que absorveram os povos autóctones, Ilirianos e Dálmatas, que ali habitavam e, esporadicamente, ocupada por povos de origens étnicas e religiosas diversas.No século I funda-se de um reino pelos teutões, um povo germânico. No século VI chegam os croatas, católicos, e os sérvios cristãos ortodoxos, que pela diferença religiosa fundam reinos separados  Primeiras soberanias:  No século XI as primeiras soberanias eslavas estavam instituídas: o Reino dos Croatas, Reino da Bósnia, e Reino dos Sérvios, mas as fronteiras variavam permanentemente. No século XIII chegam os turcos otomanos, que introduzem a religião islâmica.A situação assume contornos mais radicais no final do século XIX, quando os otomanos perdem terreno para os austríacos e para o nacionalismo sérvio. Os desdobramentos políticos da região serão decisivos na deflagração da Primeira Guerra Mundial, Esse facilita nas amizades conjugal. Auxilia na fácil compreensão de todas as situações. Quem nasce sob esta influencia, tem memória prodigiosa,  de forma lógica, mesmo os assuntos místicos ou religiosos. intelectualidade perfeita e grande capacidade para entender tudo. Lutará sempre pela união da família, preservando a fidelidade. Produtor de grandes reconciliações, será famoso e reconhecido por seu trabalho comunitários, ligados á criação de instituições em defesa da família. Será fiel na demonstração de amor a uma única pessoa. Sua grande habilidade para aceitar a vida como ela é sem reclamar de nada. Quem não tem espiritualidade ou perdeu, desenvolvera seu lado negativo; ((contrario ) domina o capricho, a tirania, a mentira, a frieza, a ignorância, o erro, e a incoerência. A pessoa sob essa influencia deste gênio contrario poderá ter espirito limitado e mistificador, rir das pessoas que estão aprendendo e escrever sobre assuntos que conhece apenas superficialmente. Terá prazer de ver casais  separados e a desunião da família.













Aparições de Fátima

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Lúcia (no meio, aos dez anos de idade) e seus dois primos: Francisco (nove anos) e Jacinta Marto (sete anos) segurando seus rosários (fotografia tirada na altura das aparições).
No dia 13 de Maio de 1917, três crianças, Lúcia de Jesus dos Santos (10 anos), Francisco Marto (9 anos) e Jacinta Marto(7 anos), afirmaram ter visto "...uma senhora mais branca que o Sol" sobre uma azinheira de um metro ou pouco mais de altura, quando apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, lugar de Aljustrel, pertencente ao concelho de Ourém, distrito de SantarémPortugal.
Lúcia via, ouvia e falava com a aparição, Jacinta via e ouvia e Francisco apenas via, mas não a ouvia.
As aparições repetiram-se nos cinco meses seguintes e seriam portadoras de uma mensagem ao mundo. A 13 de Outubro de 1917 a aparição disse-lhes ser a Nossa Senhora do Rosário.1
Os relatos destes acontecimentos foram redigidos pela Irmã Lúcia a partir de 1935, em quatro manuscritos, habitualmente designados por Memórias I, II, III e IV2 e transcritos com outras fontes para este artigo.

Aparições do Anjo;

Antes das aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria em 1917, Lúcia, Francisco e Jacinta tiveram no ano anterior três visões do Anjo de Portugal ou Anjo da Paz. Estas visões permaneceram inéditas até 1937, até Lúcia as divulgar, pela primeira vez, no designado texto Memória II. A narração é mais completa e o texto definitivo das orações do anjo é publicado na Memória IV, escrito em 1941. As aparições do Anjo em 1916, foram precedidas por três outras visões, de Abril a Outubro de 1915, nas quais Lúcia e outras três pastorinhas, Maria Rosa Matias, Teresa Matias e Maria Justino viram, também no outeiro do Cabeço, e noutros locais, suspensa no ar sobre o arvoredo do vale "uma como que nuvem mais branca que a neve, algo transparente, com forma humana. Era uma figura, como se fosse uma estátua de neve, que os raios do sol tornavam algo transparente". A descrição é da própria irmã Lúcia.3

Primeira aparição;

O relato da mais velha dos videntes, Lúcia, descreve assim os acontecimentos: "Andava eu com os meus primos Francisco e Jacinta a cuidar do rebanho e subimos a encosta em procura dum abrigo a que chamávamos a "Loca do Cabeço". Depois de aí merendar e rezar, alguns momentos havia que jogávamos e eis que um vento sacode as árvores e faz-nos levantar a vista para ver o que se passava, pois o dia estava sereno. Então começamos ver, a alguma distância, sobre as árvores que se estendiam em direção ao nascente, uma luz mais branca que a neve, com a forma dum jovem, transparente, mais brilhante que um cristal atravessado pelos raios do Sol. À medida que se aproximava, íamos-lhe distinguindo as feições. Estávamos surpreendidos e meios absortos. Não dizíamos palavra. Ao chegar junto de nós, disse: – Não temais. Sou o Anjo da Paz. Orai comigo. E ajoelhando em terra, curvou a fronte até ao chão. Levados por um movimento sobrenatural, imitámo-lo e repetimos as palavras que lhe ouvimos pronunciar: – Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam. Depois de repetir isto três vezes, ergueu-se e disse: – Orai assim. Os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas. E desapareceu. A atmosfera do sobrenatural que nos envolveu era tão intensa, que quase não nos dávamos conta da própria existência, por um grande espaço de tempo, permanecendo na posição em que nos tinha deixado, repetindo sempre a mesma oração. A presença de Deus sentia-se tão intensa e íntima que nem mesmo entre nós nos atrevíamos a falar. No dia seguinte, sentíamos o espírito ainda envolvido por essa atmosfera que só muito lentamente foi desaparecendo. Nesta aparição, nenhum pensou em falar nem em recomendar o segredo. Ela de si o impôs. Era tão íntima que não era fácil pronunciar sobre ela a menor palavra. Fez-nos, talvez, também maior impressão, por ser a primeira assim manifesta."4

Segunda aparição[editar | editar código-fonte]

A segunda aparição deu-se no Verão de 1916, sobre o poço da casa dos pais de Lúcia, junto ao qual as crianças costumavam brincar. Assim narra a Irmã Lúcia: "Fomos, pois passar as horas da sesta à sombra das árvores que cercavam o poço já várias vezes mencionado. De repente, vimos o mesmo Anjo junto de nós. - Que fazeis? Orai! Orai muito! Os Corações de Jesus e Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios. – Como nos havemos de sacrificar? – perguntei. – De tudo que puderdes, oferecei um sacrifício em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores. Atraí, assim, sobre a vossa Pátria, a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal. Sobretudo, aceitai e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor vos enviar. E desapareceu. Estas palavras do Anjo gravaram-se em nosso espírito, como uma luz que nos fazia compreender quem era Deus, como nos amava e queria ser amado, o valor do sacrifício e como ele Lhe era agradável, como, por atenção a ele, convertia os pecadores. Por isso, desde esse momento, começamos a oferecer ao Senhor tudo que nos mortificava, mas sem discorrermos a procurar outras mortificações ou penitências, excepto a de passarmos horas seguidas prostrados por terra, repetindo a oração que o Anjo nos tinha ensinado."

Terceira aparição;

A terceira aparição ocorreu no fim do Verão ou princípio de Outono de 1916, novamente na "Loca do Cabeço", como descreve Lúcia: "Rezemos aí o terço e (a) oração que na primeira aparição nos tinha ensinado. Estando, pois, aí, apareceu-nos pela terceira vez, trazendo na mão um cálice e sobre ele uma Hóstia, da qual caíam, dentro do cálix, algumas gotas de sangue. Deixando o cálice e a Hóstia suspensos no ar, prostrou-se em terra e repetiu três vezes a oração: – Santíssima Trindade, Padre, Filho, Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores. Depois, levantando-se, tomou de novo na mão o cálice e a Hóstia e deu-me a Hóstia a mim e o que continha o cálice deu-o a beber à Jacinta e ao Francisco, dizendo, ao mesmo tempo: – Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolei o vosso Deus. De novo se prostrou em terra e repetiu connosco mais três vezes a mesma oração: – Santíssima Trindade… etc. E desapareceu. Levados pela força do sobrenatural que nos envolvia, imitávamos o Anjo em tudo, isto é, prostrando-nos como Ele e repetindo as orações que Ele dizia. A força da presença de Deus era tão intensa que nos absorvia e aniquilava quase por completo. Parecia privar-nos até do uso dos sentidos corporais por um grande espaço de tempo. Nesses dias, fazíamos as ações materiais como que levados por esse mesmo ser sobrenatural que a isso nos impelia. A paz e felicidade que sentíamos era grande, mas só íntima, completamente concentrada a alma em Deus. O abatimento físico, que nos prostrava, também era grande."5

Aparições ;

13 de Maio de 1917.

Brincavam os três pastorinhos na Cova da Iria, uma pequena propriedade pertencente aos pais de Lúcia, localizada a 2,5 km de Fátima, quando por volta do meio-dia e depois de rezarem o terço, observaram dois clarões como se fossem relâmpagos. Com receio de começar a chover, reuniram o rebanho e decidiram ir-se embora, mas no caminho e logo abaixo, outro clarão teria iluminado o espaço. Nesse instante, teriam visto em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), "era uma Senhora vestida de branco e mais brilhante que o Sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente", descreve Lúcia. "A sua face, indescritivelmente bela não era nem triste, nem alegre, mas séria, com ar de suave censura. As mãos juntas, como a rezar, apoiadas no peito e voltadas para cima. Da mão direita pendia um rosário. As vestes pareciam feitas só de luz. A túnica era branca e branco o manto, orlado de ouro que cobria a cabeça da Virgem e lhe descia até aos pés. Não se Lhe viam os cabelos nem as orelhas." Os traços da fisionomia Lúcia nunca pôde descrevê-los, pois a sua formosura não cabe em palavras humanas. Os videntes estavam tão pertos de Nossa Senhora - a um metro de distância, mais ou menos - que ficavam dentro da luz que A cercava, ou que Ela espargia. O colóquio inicia-se da seguinte maneira:
Nossa Senhora: - Não tenhais medo. Eu não vos faço mal. Lúcia: - Donde é Vossemecê? - Sou do Céu (e Nossa Senhora ergueu as mãos apontando o Céu). - E que é que Vossemecê me quer? - Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.nota 1 - E eu também vou para o Céu? - Sim, vais. - E a Jacinta? - Também. - E o Francisco? - Também, mas tem que rezar muitos terços. - A Maria das Neves já está no Céu? (Lúcia referia-se a uma mulher que tinha morrido recentemente) - Sim, está. - E a Amélia? - Estará noPurgatório até ao fim do mundo. Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores? - Sim, queremos. - Ides pois ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto. "Foi ao pronunciar estas últimas palavras que abriu pela primeira vez as mãos comunicando-nos uma luz muito intensa, como que reflexo que delas expedia, que nos penetrava no peito e no mais intimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente do que nos vemos no melhor dos espelhos. Então, por um impulso intimo também comunicado, caímos de joelhos e repetimos intimamente ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro, meu Deus meu Deus eu Vos amo no Santíssimo Sacramento. Passados estes momentos, Nossa Senhora acrescentou: - Rezem o terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra (na altura desenrolava-se a Primeira Guerra Mundial).
"Em seguida começou a elevar-se serenamente em direção ao nascente até desaparecer na imensidade da distância. A luz que A circundava ia como que abrindo um caminho no cerrado dos astros".6

13 de Junho de 1917;

Neste dia compareceram no local cerca de 50 pessoas curiosas pelos factos entretanto revelados pelos pastorinhos. Por volta do meio-dia, os videntes notaram novamente um clarão, a que chamavam relâmpago, mas que não era propriamente tal, mas sim o reflexo de uma luz que se aproximava. Alguns dos espectadores notaram que a luz do sol se obscureceu durante os minutos que se seguiram ao início do colóquio, outros afirmaram que o topo da azinheira, coberto de rebentos, pareceu curvar-se como sob um peso, um momento antes da Lúcia falar. Durante a troca de palavras entre Lúcia e a aparição alguns ouviram um sussurro como se fosse o zumbido de uma abelha.
Lúcia: - Vossemecê que me quer? Nossa Senhora: - Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, que rezeis o terço todos os dias e que aprendam a ler. Depois, direi o que quero. Lúcia pediu a cura de um doente. - Se se converter, curar-se-á durante o ano. - Queria pedir-Lhe para nos levar para o Céu. - Sim, a Jacinta e o Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. A quem a abraçar, prometo a salvação e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o seu trono. - Fico cá sozinha? - Não, filha. E tu sofres muito? Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus. "Foi no momento que disse estas últimas palavras que abriu as mãos e nos comunicou, pela segunda vez, o reflexo dessa luz imensa. Nela nos víamos como que submergidos em Deus. A Jacinta e o Francisco pareciam estar na parte dessa luz que se elevava para o céu e eu na que se espargia sobre a terra. À frente da palma da mão direita de Nossa Senhora estava um coração cercado de espinhos que parecia estarem-lhe cravados. Compreendemos que era o Imaculado Coração de Maria ultrajado pelos pecados da humanidade que queria reparação. Quando se desvaneceu esta visão, a Senhora, envolta ainda na luz que d'Ela irradiava, elevou-se da arvorezinha sem esforço, suavemente na direção do leste até desaparecer de todo."
Algumas pessoas mais próximas notaram que os rebentos do topo da azinheira estavam tombados na mesma direção, como se as vestes da Senhora os tivessem arrastado. Só algumas horas mais tarde retomaram a posição natural.7

13 de Julho de 1917;

Lúcia dos Santos com os seus primos Francisco e Jacinta Marto.
Ao dar-se a terceira aparição, uma nuvenzinha acizentada pairou sobre a azinheira, o sol ofuscou-se, uma aragem fresca soprou sobre a serra, embora se estivesse em pleno Verão. O Sr. Manuel Marto, pai da Jacinta e do Francisco, diz que também ouviu um sussurro, como o de moscas num cântaro vazio. Os videntes viram o reflexo da costumada luz e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira.
Lúcia: - Vossemecê que me quer? Nossa Senhora: - Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, que continuem a rezar o terço todos os dias, em honra de Nossa Senhora do Rosário para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer. - Queria pedir-lhe para nos dizer quem é; para fazer um milagre com que todos acreditem que Vossemeçê nos aparece. - Continuem a vir aqui todos os meses. Em Outubro direi quem sou, o que quero e farei um milagre que todos hão-de ver para acreditarem. Lúcia apresenta então uma série de pedidos de conversões, curas e outras graças. Nossa Senhora responde recomendando sempre a prática do terço, que assim alcançariam as graças durante o ano. Um dos pedidos foi a cura do filho paralítico de Maria Carreira (que seria desde o início uma devota de Fátima). Nossa Senhora respondeu que não o curaria nem o tiraria da sua pobreza, mas que rezasse o terço todos os dias em família e dar-lhe-ia os meios de ganhar a vida. Outro enfermo pedia para ir em breve para o Céu. Nossa Senhora respondeu que não tivesse pressa, que bem sabia quando o havia de vir buscar. Depois prosseguiu: - Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes e em especial quando fizerdes algum sacrifício: "ó Jesus, é por vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria." "Ao dizer estas últimas palavras, abriu de novo as mãos, como nos dois meses passados. O reflexo de luz que delas expediam pareceu penetrar a terra e (primeira parte do segredo - "A Visão do Inferno") mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados nesse fogo os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronzeadas com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que d'elas mesmas saíam, juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das fagulhas em os grandes incêndios sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dôr e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Os demónios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um momento, e graças à nossa boa Mãe do Céu que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o Céu (na primeira aparição), se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor. Em seguida, levantamos os olhos para Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza: - Vistes o Inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, (segunda parte do segredo "O Imaculado Coração de Maria") Deus quer estabelecer no mundo a devoção a meu Imaculado CoraçãoSe fizerem o que eu disser salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XInota 2 começará outra pior. Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecidanota 3 , sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir, virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábadosnota 4 . Se atenderem aos meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz, se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé. "Então vimos (terceira parte do segredo - "O atentado ao Papa") ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo na mão esquerda; ao cintilar, soltava chamas que pareciam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contacto do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro. O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte dizia: "Penitência, Penitência, Penitência!" E vimos n'uma luz imensa que é Deus: "algo semelhante a como se vêem as pessoas n'um espelho quando lhe passam por diante" um Bispo vestido de branco "tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre". Vários outros bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas subiam uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fôra de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trémulo com andar vacilante, acabrunhado de dôr e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns trás dos outros os Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas e várias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de várias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal na mão, n'êles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus." Terminada esta visão, disse Nossa Senhora: - Isto não o digais a ninguém. Ao Francisco sim, podeis dizê-lo. Quando rezardes o terço, dizei depois de cada mistério: "Ó meu Jesus! Perdoai-nos e livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem. - Vossemecê não me quer mais nada? - Não. Hoje não te quero mais nada. "E como de costume, começou a elevar-Se em direção ao nascente, até desaparecer na imensa distância do firmamento." Ouviu-se então um trovão, indicando que a aparição cessara.8 9

19 de Agosto de 1917[editar | editar código-fonte]

No dia 13 de Agosto, quando deveria dar-se a quarta aparição, os videntes não puderam ir à Cova da Iria, pois foram raptados pelo então administrador do concelho de Vila Nova de OurémArtur de Oliveira Santos, um republicano anticlerical e maçon10 11 ,que à força quis arrancar-lhes o segredo.
Nesse dia, juntou-se uma grande multidão que aguardava pela aparição. Por volta do meio-dia, ouviu-se um trovão, ao qual se seguiu o relâmpago, tendo os espectadores notado uma pequena nuvem branca que pairou alguns minutos sobre a azinheira. Observaram-se também fenómenos de coloração, de diversas cores, nos rostos das pessoas, das roupas, das árvores e do chão. As crianças continuaram em cativeiro e apesar das várias ameaças físicas de que foram alvo, permaneceram inabaláveis e nada revelaram.
Na manhã do dia 15 de Agosto e a seguir a um interrogatório final, foram então libertadas e regressaram a Fátima.12
No dia 19 de Agosto de 191713 , Lúcia estava com Francisco e seu irmão João no lugar dos Valinhos, uma propriedade de um dos seus tios e que dista uns 500 metros deAljustrel. Pelas 4 horas da tarde, começaram a produzir-se as alterações atmosféricas que precederam as aparições anteriores, uma súbita diminuição da temperatura e um esmorecimento do Sol. Lúcia, sentindo que alguma coisa de sobrenatural se aproximava e os envolvia, pediu ao primo João para chamar rápidamente a Jacinta, a qual chegou a tempo de ver Nossa Senhora que - anunciada, como das outras vezes, por um reflexo de luz - apareceu sobre uma azinheira, um pouco maior que a da Cova da Iria.
Lúcia: - Que é que Vossemecê me quer? Nossa Senhora: -Quero que continueis a ir à Cova da Iria no dia 13, que continueis a rezar o terço todos os dias. No último mês farei o milagre para que todos acreditem. - Que é que Vossemecê quer que se faça ao dinheiro que o povo deixa na Cova da Iria? - Façam dois andores, um leva-o tu com a Jacinta e mais duas meninas; o outro que o leve o Francisco com mais três meninos. O dinheiro dos andores é para a festa de Nossa Senhora do Rosário e o que sobrar é para a ajuda de uma capela que hão-de mandar fazer. -Queria pedir-lhe a cura de alguns doentes. -Sim, alguns curarei durante o ano. E tomando um aspeto mais triste, recomendou-lhes novamente a prática da mortificação: - Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o Inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas. "E, como de costume, começou a elevar-Se em direção ao nascente." Os videntes cortaram ramos da árvore sobre a qual Nossa Senhora lhes tinha aparecido e levaram-nos para casa. Os ramos exalavam um perfume singularmente suave.14

13 de Setembro de 1917[editar | editar código-fonte]

Como das outras vezes, uma série de fenómenos atmosféricos foram observados pelos circunstantes, cujo número foi calculado entre 15 e 20 000 pessoas: o súbito refrescar da atmosfera, o empalidecer do Sol até ao ponto de se verem as estrelas, uma espécie de chuva como que de pétalas irisadas ou flocos de neve que desapareciam antes de pousarem na terra. Em particular, foi notado desta vez um globo luminoso que se movia lenta e majestosamente pelo céu, do nascente para o poente e, no fim da aparição, em sentido contrário. Os videntes notaram, como de costume, o reflexo de uma luz e, a seguir, Nossa Senhora sobre a azinheira.
Nossa Senhora: - Continuem a rezar o terço para alcançarem o fim da guerra. Em Outubro, virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São José com o Menino Jesus, para abençoarem o Mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda. Trazei-a só durante o dia.nota 5 Lúcia: - Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas, a cura de alguns doentes, de um surdo-mudo. - Sim, alguns curarei. Outros não. Em Outubro farei o milagre para que todos acreditem."E começando a elevar-Se, desapareceu como de costume."15

13 de Outubro de 1917[editar | editar código-fonte]

De acordo com os relatos da época, milhares de pessoas assistiram a umMilagre do Sol, em Fátima, no dia 13 de Outubro de 1917.
Devido ao facto de os pastorinhos terem revelado que a Virgem Maria iria fazer um milagre neste dia para que todos acreditassem, estavam presentes na Cova da Iria cerca de 50 mil pessoas, segundo os relatos da época. Chovia com abundância e a multidão aguardava as três crianças nos terrenos enlameados da serra. Lúcia assim descreve estes acontecimentos na Memória IV: "Saímos de casa bastante cedo, contando com as demoras do caminho. O povo era em massa. A chuva, torrencial. Minha mãe, temendo que fosse aquele o último dia da minha vida, com o coração retalhado pela incerteza do que iria acontecer, quis acompanhar-me. Pelo caminho, as cenas do mês passado, mais numerosas e comovedoras. Nem a lamaceira dos caminhos impedia essa gente de se ajoelhar na atitude mais humilde e suplicante. Chegados à Cova de Iria, junto da carrasqueira, levada por um movimento interior, pedi ao povo que fechasse os guarda-chuvas para rezarmos o terço. Pouco depois, vimos o reflexo da luz e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira.
Lúcia: - Que é que Vossemecê me quer? Nossa Senhora: – Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou aSenhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas. - Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir: se curava uns doentes e se convertia uns pecadores, etc. - Uns, sim; outros, não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados. E tomando um aspecto mais triste: – Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido. E abrindo as mãos, fê-las reflectir no Sol. E enquanto que se elevava, continuava o reflexo da Sua própria luz a projectar-se no Sol."
Foto tirada na Cova da Iria e publicada num jornal português em 29 de Outubro de 1917.
Neste momento, Lúcia diz para a multidão olhar para o Sol, levada por um movimento interior que a isso a impeliu. "Desaparecida Nossa Senhora, na imensa distância do firmamento, vimos, ao lado do Sol, S. José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um manto azul." Era a Sagrada Família.
Página da edição de 29 de Outubro de 1917 da Ilustração Portuguesa com uma reportagem sobre o milagre.
"S. José com o Menino pareciam abençoar o Mundo com uns gestos que faziam com a mão em forma de cruz. Pouco depois, desvanecida esta aparição, vi Nosso Senhor acabrunhado de dôr a caminho do Calvário e Nossa Senhora que me dava a ideia de ser Nossa Senhora das Dores." Lúcia via apenas a parte superior do corpo de Nosso Senhor e Nossa Senhora não tinha a espada no peito "Nosso Senhor parecia abençoar o Mundo da mesma forma que S. José. Desvaneceu-se esta aparição e pareceu-me ver ainda Nossa Senhora, em forma semelhante a Nossa Senhora do Carmo, com o Menino Jesus ao colo."
Enquanto os três pastorinhos eram agraciados com estas visões (apenas Lúcia viu os três quadros, Jacinta e Francisco viram somente o primeiro), a maior parte da multidão presente observou o chamado O Milagre do Sol. A chuva que caía cessou, as nuvens entreabriram-se deixando ver o Sol, assemelhando-se a um disco de prata fosca, podia fitar-se sem dificuldade sem cegar. A imensa bola começou a girar vertiginosamente sobre si mesma como uma roda de fogo. Depois, os seus bordos tornaram-se escarlates e deslizou no céu, como um redemoinho, espargindo chamas vermelhas de fogo. Essa luz refletia-se no solo, nas árvores, nas próprias faces das pessoas e nas roupas, tomando tonalidades brilhantes e diferentes cores. Animado três vezes por um movimento louco, o globo de fogo pareceu tremer, sacudir-se e precipitar-se em ziguezague sobre a multidão aterrorizada. Tudo durou uns dez minutos. Finalmente, o Sol voltou em ziguezague para o seu lugar e ficou novamente tranquilo e brilhante. Muitas pessoas notaram que as suas roupas, ensopadas pela chuva, tinham secado súbitamente. Tal fenómeno foi testemunhado por milhares de pessoas, até mesmo por outras que estavam a quilómetros do lugar das aparições. O relato foi publicado na imprensa por diversos jornalistas que ali se deslocaram e que foram também eles, testemunhas do milagre.
O ciclo das aparições em Fátima tinha terminado.16

Aparições particulares a Jacinta.

Jacinta Marto, em 1917.
  • Jacinta vê o Santo Padre - Lúcia assim relata na sua Terceira Memória: "Um dia, fomos passar as horas da sesta para junto do poço de meus pais. A Jacinta sentou-se nas lajes do poço; o Francisco, comigo, foi procurar o mel silvestre nas silvas dum silvado duma ribanceira que aí havia. Passado um pouco de tempo, a Jacinta chama por mim: – Não viste o Santo Padre? – Não! – Não sei como foi! Eu vi o Santo Padre em uma casa muito grande, de joelhos, diante de uma mesa, com as mãos na cara, a chorar. Fora da casa estava muita gente e uns atiravam-Ihe pedras, outros rogavam-lhe pragas e diziam-lhe muitas palavras feias. Coitadinho do Santo Padre! Temos que pedir muito por Ele. Em outra ocasião, fomos para a Lapa do Cabeço. Chegados aí, prostrámo-nos por terra, a rezar as orações do Anjo. Passado algum tempo, a Jacinta ergue-se e chama por mim:– Não vês tanta estrada, tantos caminhos e campos cheios de gente, a chorar com fome, e não tem nada para comer? E o Santo Padre em uma Igreja, diante do Imaculado Coração de Maria, a rezar? E tanta gente a rezar com Ele?
  • Visões da guerra - "Um dia fui a sua casa, para estar um pouco com ela. Encontrei-a sentada na cama, muito pensativa. – Jacinta, que estás a pensar? – Na guerra que há-de vir. Há-de morrer tanta gente! E vai quase toda para o inferno! Hão-de ser arrasadas muitas casas e mortos muitos Padres (tratava-se da Segunda Guerra Mundial). Olha: eu vou para o Céu. E tu, quando vires, de noite, essa luz que aquela Senhora disse que vem antes, foge para lá também! – Não vês que para o Céu não se pode fugir? – É verdade! Não podes. Mas não tenhas medo! Eu, no Céu, hei-de pedir muito por ti, por o Santo Padre, por Portugal, para que a guerra não venha para cá, e por todos os Sacerdotes.
  • Visitas de Nossa Senhora - A 23 de Dezembro de 1918, Francisco e Jacinta adoeceram ao mesmo tempo. Indo visitá-los, Lúcia encontrou Jacinta no auge da alegria. Na sua Primeira Memória, Lúcia conta: "Um dia mandou-me chamar: que fosse junto dela depressa. Lá fui, correndo. – Nossa Senhora veio-nos ver e diz que vem buscar o Francisco muito breve para o Céu. E a mim perguntou-me se queria ainda converter mais pecadores. Disse-Lhe que sim. Disse-me que ia para um hospital, que lá sofreria muito; que sofresse pela conversão dos pecadores, em reparação dos pecados contra o Imaculado Coração de Maria e por amor de Jesus. Perguntei se tu ias comigo. Disse que não. Isto é o que me custa mais. Disse que ia minha mãe levar-me e, depois, fico lá sozinha! Em fins de Dezembro de 1919, de novo a Santíssima Virgem se dignou visitar a Jacinta, para Ihe anunciar novas cruzes e sacrifícios. Deu-me a notícia e dizia-me: – Disse-me que vou para Lisboa, para outro hospital; que não te torno a ver, nem os meus pais; que, depois de sofrer muito, morro sozinha, mas que não tenha medo; que me vai lá Ela buscar para o Céu. Durante a sua permanência de 18 dias no hospital em Lisboa, Jacinta foi favorecida com novas visitas de Nossa Senhora, que lhe anunciou o dia e a hora em que haveria de morrer. Quatro dias antes de a levar para o Céu, a Santíssima Virgem tirou-lhe todas as dôres. Nas vésperas da sua morte, alguém lhe perguntou se queria ver a mãe, ao que ela respondeu: - A minha família durará pouco tempo e em breve se encontrarão no Céu… Nossa Senhora aparecerá outra vez, mas não a mim, porque com certeza morro, como Ela me disse".17

Aparições particulares a Lúcia;

  • 10 de Dezembro de 1925 - Encontrando-se Lúcia na sua cela, na Casa das Religiosas Doroteias em Pontevedra, apareceu-lhe a SS. Virgem e, ao lado, suspenso em uma nuvem luminosa, um Menino. A SS. Virgem, pondo-lhe no ombro a mão e mostrando, ao mesmo tempo, um coração que tinha na outra mão, cercado de espinhos. Ao mesmo tempo, disse o Menino: – Tem pena do Coração de tua SS. Mãe que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam sem haver quem faça um acto de reparação para os tirar. Em seguida, disse a SS. Virgem: – Olha, minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam, com blasfémias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que todos aqueles que durante 5 meses, ao 1.° sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 mistérios do Rosário, com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes, na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas.
  • 15 de Fevereiro de 1926 - Neste dia encontrava-se Lúcia no pátio que dá para a rua da mesma Casa das Religiosas Doroteias. Apareceu-lhe, de novo, o Menino Jesus. Perguntou se já tinha espalhado a devoção a Sua SS. Mãe. A vidente expôs-Lhe as dificuldades apresentadas pelo seu confessor e que a Madre Superiora estava pronta a propagá-la, mas que o confessor tinha dito que ela, só, nada podia. Jesus respondeu: – É verdade que a tua Superiora, só nada pode; mas, com a Minha graça, pode tudo.Lúcia apresentou a Jesus a dificuldade que tinham algumas pessoas em se confessar ao sábado e pediu para ser válida a confissão de oito dias. Jesus respondeu: – Sim, pode ser de muitos mais ainda, contanto que, quando Me receberem, estejam em graça e que tenham a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria. Ela perguntou: – Meu Jesus, as que se esquecerem de formar essa intenção?. Jesus respondeu: – Podem formá-la na outra confissão seguinte, aproveitando a primeira ocasião que tiverem de se confessar.
  • 13 de Junho de 1929 - Lúcia assim relata esta aparição: "Eu tinha pedido e obtido licença das minhas superioras e confessor para fazer a Hora-Santa das 11 à meia-noite, de quintas para sextas-feiras. Estando uma noite só, ajoelhei-me entre a balaustrada, no meio da capela, a rezar, prostrada, as Orações do Anjo. Sentindo-me cansada, ergui-me e continuei a rezá-las com os braços em cruz. A única luz era a da lâmpada. De repente iluminou-se toda a Capela com uma luz sobrenatural e sobre o Altar apareceu uma Cruz de luz que chegava até ao tecto. Em uma luz mais clara via-se, na parte superior da cruz, uma face de homem com corpo até à cinta, sobre o peito uma pomba também de luz e, pregado na cruz, o corpo de outro homem. Um pouco abaixo da cinta, suspenso no ar, via-se um cálix e uma hóstia grande, sobre a qual caíam algumas gotas de sangue que corriam pelas faces do Crucificado e duma ferida do peito. Escorregando pela Hóstia, essas gotas caíam dentro do Cálix. Sob o braço direito da cruz estava Nossa Senhora (era Nossa Senhora de Fátima com o Seu Imaculado Coração na mão esquerda, sem espada nem rosas, mas com uma Coroa de espinhos e chamas). Sob o braço esquerdo, umas letras grandes, como se fossem de água cristalina que corresse para cima do Altar, formavam estas palavras: «Graça e Misericórdia». Compreendi que me era mostrado o mistério da Santíssima Trindade e recebi luzes sobre este mistério que não me é permitido revelar. Depois Nossa Senhora disse-me: – É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do Mundo, a Consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração, prometendo salvá-la por este meio. São tantas as almas que a justiça de Deus condena por pecados contra Mim cometidos que venho pedir reparação: sacrifica-te por esta intenção e ora. Dei conta disto ao confessor que me mandou escrever o que Nossa Senhora queria se fizesse. Mais tarde, por meio duma comunicação íntima, Nossa Senhora disse-me, queixando-se: – Não quiseram atender ao Meu pedido!… Como o rei de Françanota 6 , arrepender-se-ão e fá-la-ão, mas será tarde. A Rússia terá já espalhado os seus erros pelo mundo, provocando guerras, perseguições à igreja: O Santo Padre terá muito que sofrer.

Eventos históricos[editar | editar código-fonte]

Apresenta-se a seguir uma cronologia de alguns eventos históricos relacionados com a mensagem e as aparições de Fátima:

Notas

  1. Ir para cima Conforme anotado na "Quarta Memória da Irmã Lúcia" (pág. 173), esta sétima vez aconteceu em 16 de Junho de 1921, nas vésperas da partida de Lúcia para o Colégio de Vilar no Porto. Foi uma aparição com uma mensagem pessoal para a vidente que, por isso, não a revelou.
  2. Ir para cima Lúcia sempre confirmou ser o Papa Pio XI (pontificado de 1922 a 1939), considerando que a anexação da Áustria em 1938 teria sido o verdadeiro início da guerra (carta de 8 de Novembro de 1989 para o Santo Padre).
  3. Ir para cima Os astrónomos registaram uma aurora boreal que iluminou os céus da Europa na noite de 25 para 26 de Janeiro de 1938. Lúcia sempre insistiu que este seria o sinal de Deus para o começo da guerra.
  4. Ir para cima Estes pedidos cumpriram-se a 10 de Dezembro de 1925 e 13 de Junho de 1929, com as aparições em Pontevedra e na capela da casa de Tuy respetivamente.
  5. Ir para cima As crianças tinham passado a usar como cilício uma corda grossa que não tiravam sequer para dormir; isso impedia-lhes muitas vezes o sono e passavam noites inteiras em branco, daí o elogio e a recomendação de Nossa Senhora.
  6. Ir para cima Em 1689, um ano antes de morrer, Santa Margarida Maria tentou por vários meios fazer chegar ao Rei-Sol Luis XIV da França uma mensagem do Sagrado Coração de Jesus com quatro pedidos: gravar o Sagrado Coração de Jesus nas bandeiras reais; construir um templo em Sua honra, onde devia receber as homenagens da Corte; o Rei deveria fazer a sua consagração ao Sagrado Coração; e deveria empenhar a sua autoridade perante a Santa Sé para obter uma missa em honra do Sagrado Coração de Jesus. No entanto nada se conseguiu, parecendo mesmo que esta mensagem nunca terá chegado ao conhecimento do Rei. Só um século mais tarde, a família real responderia, na medida do possível, a esta mensagem. Em 1792, Luis XVI concebe a ideia do seu voto ao Coração de Jesus, mas já só o realiza na prisão do templo, prometendo cumprir, após a sua libertação, todos os pedidos comunicados por Santa Margarida Maria. Esta promessa já foi tarde, pois foi guilhotinado a 21 de Janeiro de 1793.

Referências

  1. Ir para cima António Augusto Borelli Machado, As aparições e a mensagem de Fátima nos manuscritos da Irmã Lúcia, 23ª edição, Maio de 1998, Depósito Legal nº123 914, ISBN 972-95919-0-3 (página 35)
  2. Ir para cima Idem (página 25)
  3. Ir para cima Idem (páginas 29 e 33)
  4. Ir para cima Idem (páginas 29 a 30)
  5. Ir para cima Idem (página 31 a 33)
  6. Ir para cima Idem (páginas 35 a 38)
  7. Ir para cima Idem (páginas 38 a 40)
  8. Ir para cima Idem (páginas 42 a 46)
  9. Ir para cima O Terceiro Segredo e sua interpretação firmada pelo Vaticano Paginaoriente.com.
  10. Ir para cima A REVELAÇÃO DO SEGREDO DE FÁTIMA PENITÊNCIA E ORAÇÃO: UM CONVITE À RENOVAÇÃO, Centro dos Voluntários do Sofrimento, separata de "L'Ancora", n.º 5 - Maio de 2001, tradução: Armando Marques da Silva
  11. Ir para cima Rapto dos Videntes (13-15 de Agosto de 1917), A Associação de Fátima
  12. Ir para cima Rapto dos Videntes (13-15 de Agosto de 1917) A Associação de Fátima. Visitado em 13 de Maio de 2012. "Frère Michel de la Sainte Trinité, The Whole Truth About Fatima, Volume I: Science and the Facts, (Immaculate Heart Publications, Buffalo, New York, 1989) p. 218."
  13. Ir para cima História - As aparições Página oficial do Santuário de Fátima. Visitado em 13/05/2012.
  14. Ir para cima António Augusto Borelli Machado, As aparições e a mensagem de Fátima nos manuscritos da Irmã Lúcia, 23ª edição, Maio de 1998, Depósito Legal nº123 914, ISBN 972-95919-0-3 (páginas 49-50)
  15. Ir para cima Idem (páginas 52 a 53)
  16. Ir para cima Idem (páginas 53 a 55)
  17. Ir para cima Idem (páginas 59 a 66)
  18. ↑ Ir para:a b c d e f Capelinha das Aparições, Muro de Berlim, Presépio e Capela do LauspereneSite oficial do Santuário de Fátima. Visitado em 9 de Setembro de 2011.
  19. ↑ Ir para:a b c d e Imagem da Capelinha das Aparições Site oficial do Santuário de Fátima. Visitado em 20 de outubro de 2011.
  20. ↑ Ir para:a b c d Fernando Guedes. Fátima - mundo de esperança. GRIS Impressores: VERBO, março de 1967.
  21. Ir para cima Renacimiento de Portugal después de Fátima (I) (em espanhol) Panorama Católico Internacional (20 de abril de 2006). Visitado em 22 de outubro de 2011.











Fonte; Conheça seu anjo; EDT. Nova Cultural.
Fonte; Anjos Cabalisticos; EDT. Companhia dos anjos.
Fonte; O livro dos anjos; EDT. Duetto.
Fale comigo; jacintavs1@gmail.com

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