quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

anjo do dia 21/12- Ieialel- Deus que atende e acolhe as gerações. 04/03- 16/05- 28/07- 09/10-

Missão: É aquilo que vc trás de outras vidas.









Missão;  Favorece as artes e traz o bom animo. Proporciona espirito eloquente, sinceridade, cordialidade, afetividade, coragem, sinceridade e apreciação pelas artes. Planeta correspondente; Marte. Hora que seu anjo visita a terra. 19h00ás19h19. Salmo; 06. Numero da sorte; 8.Dia da semana; terça-feira. Nome do anjo em letras hebraicas; yod/ yod/ lamed/ aleph/ lamed. Nome do Anjo em números; 10/ 10/ 12/ 1/ 12. Carta do taro. O ermitão. Exerce seu domínio sobre os Alanitas. Este anjo a tirar a tristeza e a confundir os maldosos e as falsas testemunhas. Protege contra as maldades, principalmente os males dos olhos, influencia os armeiros, serralheiros e todos que trabalham, comercializam e negociam produtos de ferro. Quem nasce sob esta influencia se distinguirá por sua coragem e franqueza. Terá proteção do planeta. Vênus e dos signos correspondentes. Touro Balança.  Será considerado uma pessoa lúcida que decide com clareza de expressão, todas as situações complicadas ou comprometedoras. Franco e com temperamento amoroso, terá gosto por flores, ornamentos pinturas bucólicas. Otimista, ama a verdade e a defende para que tudo se realize na mais perfeita ordem. Dotado de grande afetividade, forte senso estético, solidez e valorização dos bens matérias. Aceita bem sua sensualidade, atingindo a serenidade, quando satisfaz sua tendência a todos os tipos de prazeres sem reprimir-se. É um pouco introvertido e sempre controla seus instintos exibicionista.






Adão e Eva

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Segundo a Bíblia no Livro de Gênesis [1] [2] e o Alcorão [3] , Adão e Eva foram o primeiro casal criado por DeusAdão (dohebraico אדם relacionado tanto a adamásolo vermelho ou do barro vermelho, quanto a adom, "vermelho", e dam "sangue") é considerado dentro da tradição judaico-cristã e islâmica como o primeiro ser humano, uma nova espécie criada diretamente por Deus. Teria sido criado a partir da terra à imagem e semelhança de Deus para domínio sobre a criação terrestre.
Tal como Adão, Eva, sua mulher, também foi criada diretamente por Deus da costela de Adão. Algumas pessoas consideram que a palavra tsela foi erradamente traduzida por costela.[4] O nome Eva deriva do hebraico hav.váh, que significa "vivente", e teria sido dado pelo próprio Adão. No grego, é vertido por zoé, que significa "vida", e não bios.
Adão e Eva foram colocados no Jardim do Éden para ali viverem e encherem a Terra com seus descendentes. Ambos, primeiramente Eva e depois Adão e teriam comido o fruto proibido da árvore da ciência (do "conhecimento do bem e do mal") criada por Deus, e após o ocorrido, de acordo com o relato bíblico, toda a humanidade ficou privada da perfeição e da perspectiva de vida infindável. Surgiria aqui para os judeumuçulmanos e cristãos a noção de pecado herdado - tendência inata de pecar - e a necessidade de um resgate da humanidade condenada à morte. Após comerem do fruto proibido, Adão e Eva tiveram ciência de que andavam nus e por isso, esconderam-se ao notar a presença de Deus no Jardim do Éden. Deusexpulsou-os do jardim do Éden, e deu-lhes roupas provenientes de pele animal.
Adão e Eva foram pais de CaimAbelSete, entre outros filhos e filhas. Segundo o Gênesis 5:5, Adão teria vivido 930 anos, alcançando até Lameque, pai de Noé, a oitava geração de sua descendência.

Etimologia;

Adão (hebraico: אָדָם, "Homem"; árabe: آدم; ge'ez: አዳም).
Eva' (hebraico: חַוָּה, Ḥavva, "Vivente"; árabe: حواء, Hawwaa; Ge'ez:( ሕይዋን, Hiywan)

Visão judaica;

De acordo com a visão rabínica, o homem, ao ser criado à imagem e semelhança de Deus, estaria sendo assim um microcosmo das forças da criação, argumento do qual se ocupa maior parte da Cabala. Para Maimônides, apenas o homem apresenta livre-arbítrio um atributo considerado divino. Rashi explica que a imagem e semelhança trata-se de um arquétipo conceitual, modelo ou plano que Deus teria feito para o homem e incorporado no que é chamado de homem primordial Adam Kadmon.

Visão cristã;


Adão e Eva. Mabuse, Século XVI.
Igreja Católica Apostólica Romana, assim como muitas outras religiões chamadas cristãs, condena o poligenismo, ou seja, que teriam existido vários casais humanos que deram origem a todo o resto da humanidade. A Igreja não condena, entretanto, a teoria da evolução, pois a forma com que surgiu a matéria corpórea não faz parte do depósito de  da Igreja. A Igreja deixa aberta esta discussão, segundo a Carta Encíclica Humanis Generis, desde que o fiel creia que em algum momento Deus concedeu ao homem uma alma, que o diferenciou dos outros animais. Ainda segundo a Carta Encíclica Humanis Generis, o poligenismo não está em discussão, visto que esta ideia não se harmoniza com a explicação do pecado original, que foi cometido por apenas um homem. Sendo assim, ensinam a todos os fiéis que Adão e Eva são verdadeiramente os únicos primeiros pais da humanidade, criados por Deus, a quem Ele concedeu uma alma, e que foram criados sem defeito físico e espiritual, mas que havendo o desejo de tornarem-se como o seu criador, pecaram por desobediência e foram destituídos da graça santificante, fazendo com que toda humanidade caísse. Segundo o novo Testamento a remissão dos pecados pode ser adquirida pela  na morte e ressurreição de Jesus Cristo para salvar a humanidade.
Ainda há outras correntes cristãs, que acreditam numa leitura mais literal da Bíblia, e portanto também creem na existência real dos personagens Adão e Eva, assim como mencionados no relato da criação.

Adão e Eva como parábola;

Alguns teólogos ou cientistas cristãos tem procurado conciliar a história de Adão e Eva com a Teoria da Evolução.[5]
Teilhard de Chardin foi um padre jesuítateólogofilósofo e paleontólogo francês que logrou construir uma visão integradora entre ciência e teologia. Através de suas obras, legou-nos uma filosofia que reconcilia a ciência do mundo material com as forças sagradas do divino e sua teologia. Disposto a desfazer o mal entendido entre a ciência e a religião, conseguiu ser mal visto pelos representantes de ambas. Muitos colegas cientistas negaram o valor científico de sua obra, acusando-a de vir carregada de um misticismo e de uma linguagem estranha à ciência. Do lado da Igreja Católica Apostólica Romana, por sua vez, foi proibido de lecionar, de publicar suas obras teológicas e submetido a um quase exílio na China.
"Aparentemente, a Terra Moderna nasceu de um movimento anti-religioso. O Homem bastando-se a si mesmo. A Razão substituindo-se à Crença. Nossa geração e as duas precedentes quase só ouviram falar de conflito entre Fé e Ciência. A tal ponto que pôde parecer, a certa altura, que esta era decididamente chamada a tomar o lugar daquela. Ora, à medida que a tensão se prolonga, é visivelmente sob uma forma muito diferente de equilíbrio – não eliminação, nem dualidade, mas síntese – que parece haver de se resolver o conflito."
O Padre Ariel Álvarez Valdez sustenta que trata-se de uma parábola composta por um catequista hebreu, a quem os estudiosos chamam de “yahvista”, escrita no século X AC, que não pretendia dar uma explicação científica sobre a origem do homem, mas sim fornecer uma interpretação religiosa, e elegeu esta narração na qual cada um dos detalhes tem uma mensagem religiosa, segundo a mentalidade daquela época[6] .
John F. Haught, filósofo americano criador do conceito de Teologia evolucionista, diz que "o retrato da vida proposto por Darwinconstitui um convite para que ampliemos e aprofundemos nossa percepção do divino. A compreensão de Deus que muitos e muitas de nós adquirimos em nossa formação religiosa inicial não é grande o suficiente para incorporar a biologia e a cosmologia evolucionistas contemporâneas. Além disso, o benigno designer [projetista] divino da teologia natural tradicional não leva em consideração, como o próprio Darwin observou, os acidentes, a aleatoriedade e o patente desperdício presentes no processo da vida”, e que “Uma teologia da evolução, por outro lado, percebe todas as características perturbadoras contidas na explicação evolucionista da vida”, sobre as idéias de Richard Dawkins, Haught declara que: “A crítica da crença teísta feita por Dawkins se equipara, ponto por ponto, ao fundamentalismo que ele está tentando eliminar”[7] .
Ilia Delio, teóloga americana, sustenta que a teologia pode “tirar proveito” das aquisições de uma ciência que vê na “mutação” o núcleo essencial da matéria[8] .
Rabino Nilton Bonder sustenta que: "a Bíblia não tem pretensões de ser um manual eterno da ciência, e sim da consciência. Sua grande revelação não é como funciona o Universo e a realidade, mas como se dá a interação entre criatura e Criador"[9] .

Patriarcalismo;

Eva como metáfora;

Segundo Joseph Campbell a "metade da população mundial acha que as metáforas das suas tradições religiosas são fatos. A outra metade afirma que não são fatos de forma alguma. O resultado é que temos indivíduos que se consideram fiéis porque aceitam as metáforas como fatos, e outros que se julgam ateus porque acham que as metáforas religiosas são mentiras".[10]Uma dessas grandes metáforas é a de Eva. Campbell expõe que o Cristianismo, originalmente uma seita do judaísmo, abraçou a cultura e a história pagã e a metáfora da costela de Adão exemplifica o distanciamento dos hebreus da religião cultuada entre os antigos—o do culto à Mãe TerraMãe Cósmica ou Deusa mãe. Este culto insere-se dentro de um contexto social e religioso cujas raízes remontam aos registros pré-históricos do Paleolítico ou ainda a uma fase informe do mundo. A arqueologia pré-histórica e a mitologia pagã registram esta origem do culto à´Deusa mãe na medida em que as mais remotas descobertas de uma religião humana remontam, inicialmente, ao culto aos mortos, e ao intenso culto da cor vermelha ou ocre associado ao sangue menstrual. Na mitologia grega, a chamada mãe de todos os deuses, a deusa Reia (ou Cibele, entre os romanos), exprime este culto na própria etimologiareia significa terra ou fluxo.[11] Campbell argumenta que Adão foi criado a partir dobarro vermelho ou argila.
A identidade da religião com a Mãe Terra, a fertilidade, a origem da vida e da manutenção da mesma com a mulher, seria, segundo Campbell, retratada também na Bíblia: …a santidade da terra, em si, porque ela é o corpo da Deusa. Ao criar, Jeová cria o homem a partir da terra, do barro, e sopra vida no corpo já formado. Ele próprio não está ali, presente, nessa forma. Mas a Deusa está ali dentro, assim como continua aqui fora. O corpo de cada um é feito do corpo dela. Nessas mitologias dá se o reconhecimento dessa espécie de identidade universal.[12]
Segundo Campbell, o patriarcalismo surgido com os hebreus deve-se, entre outras razões, à atividade belicosa de pastoreio de gado bovino e caprino e às constantes perseguições religosas que desencadeavam o nomadismo e a perda de identidade territorial.[13] Patriarcado é uma palavra derivada do grego pater, e se refere a um território ou jurisdição governado por um patriarca; de onde a palavra pátria. Pátria relaciona-se ao conceito de país, do italiano paese, por sua vez originário do latimpagus, aldeia, donde também vem pagão. Pátria, patriarcado e pagão tem a mesma raiz.

Eva e a representação da mulher no Cristianismo;

Devido ao fato de Eva ter partilhado com Adão o fruto da árvore proibida, justificou-se por longos anos no Cristianismo e noJudaísmo uma suposta inferioridade da mulher. Principalmente porque, após o pecado original, Deus disse que a mulher seria governada pelo marido. Embora haja poucas informações na Bíblia sobre a vida da personagem Eva, é a mulher quem se faz presente na maioria dos diálogos do livro de Gênesis sobre a vida do primeiro casal da humanidade.
Após ser expulsa do Paraíso, Eva demonstra fé e gratidão a Deus nas palavras proferidas na ocasião do nascimento do primeiro e do terceiro filho. Assim, quando Caim nasce, Eva diz: Recebi do SENHOR um varão. (Gênesis 4:1)
As palavras de Eva, proferidas com o nascimento de Sete, demonstram fé e esperança, enquadrando a mulher no papel de companheira auxiliadora do homem, que estabelece um relacionamento de proximidade com Deus.

Historia de Adão e Eva nos apócrifos;

De acordo com o Livro dos Jubileus, Adão e Eva teriam passado sete anos no Paraíso, antes de serem tentados pela serpente, e expulsos do Éden. E de acordo com O Primeiro Livro de Adão e Eva, eles quando saíram do jardim, receberam a ordem de habitarem numa caverna, que foi chamada de A Caverna dos Tesouros. O livro diz que eles sofreram muito após terem saído do jardim, principalmente no primeiro ano após a expulsão; por várias vezes tentaram cometer suicídio ou retornar ao Paraíso, até que tiveram os primeiros filhos (CaimAbel e suas irmãs - não mencionadas na Bíblia).
Conforme O Primeiro Livro de Adão e Eva, o casal teria se arrependido amargamente, e alcançado perdão; e por várias vezes receberam de Deus a promessa de um resgate, de um redentor que nasceria na semente humana, para resgatar sua descendência, e essas promessas os consolavam.
Enfrentaram a hostilidade de Satã, que tentava matá-los, e os enganava transformando-se em anjo de luz, e dizendo-lhes ser um mensageiro celestial, incumbido de lhes trazer mensagens divinas. Mesmo estando fora do jardim, Adão e Eva ouviam a voz de Deus, que sempre lhes enviava sua palavra, respondendo suas indagações. Os apócrifos Vida de Adão e Eva e O Segundo Livro de Adão e Eva, dizem que o patriarca Adão morreu primeiro do que Eva, que continuou viva após a morte do primeiro homem. E o Livro "A História do Universo", diz que o jovem casal era perfeito em beleza e formosura.
Bar Hebraeus, em sua Cronografia, sumariza várias informações sobre Adão e Eva: Adão foi criado em uma sexta-feira, no sexto dia do mês Nisã, o primeiro mês do primeiro ano de existência do mundo[14] . Citando Anianus, que se baseou no Livro de EnoqueCaim nasceu setenta anos após a expulsão do paraíso, Abel sete (ou setenta) anos após Caim, Abel foi morto com cinquenta e três anos e Sete nasceu cem anos depois (pois Adão e Eva passaram cem anos de luto)[15] . Citando Methodius, Caim e sua irmã Klymia nasceram trinta (ou três) anos após a expulsão do paraíso, Abel e sua irmã Labhudha trinta anos após Caim, Abel foi morto quando Adão tinha cento e trinta anos, e Sete nasceu quando Adão tinha duzentos e trinta anos[16] .

Longevidade de Adão e dos patriarcas bíblicos;

Segundo os versos de 3 a 5 do capítulo 5 de Gênesis, Adão teria sido pai de Sete aos 130 anos e viveu 800 anos gerando filhos e filhas. Na tabela abaixo tem-se uma melhor noção da longevidade alcançada por Adão e os seus descendentes:
Idades dos patriarcas
nomeidade ao morrer

idade ao ser pai     e idade ao  morrer


Adão          130  930
Enos90905
Cainan70910
Mahalalel65895
Jarede162962
Enoque65365
Matusalém187969
Lameque182777
Noé500950
Sem100600
Arpachade35438
Selá30433
Éber34464
Pelegue30239
Reú32239
Serugue30230
Naor29148
Terá70205
Abraão100175
Isaque60180

Historicidade da Narrativa de Adão e Eva;

arqueologiapaleontologia e antropologia, estabelecem o aparecimento do Homo sapiens sapiens (o homem moderno) a partir de outras espécies de hominídeos, há cerca de 160 mil anos, num período geológico muito recente, a partir daÁfrica, no Vale de Omo, no Sudoeste da Etiópia. Segundo os evolucionistas a evolução biológica da espécie humana seria o resultado da adaptação do Homo erectus (o antepassado do homem moderno) ao meio em que vivia. Desde então, o Homo sapiens teria evoluído, multiplicando-se cada vez mais, tornando-se na espécie dominante do Planetas.



Origem e Evolução.


Cabalista e a Árvore da Vida.
Historicamente, a Cabala surgiu depois de formas anteriores de misticismo judaico, nos séculos XII e XIII, no sul da França e da Espanha, tornando-se reinterpretadas no renascimento místico judeu da Palestina otomana, no século XVI. Foi popularizada na forma de judaísmo hassídico do século XVIII em diante.
De acordo com o entendimento tradicional, a Cabala surgiu num passado remoto, como uma revelação para os justos (tzadikim), tendo sido preservada apenas por uns poucos privilegiados.
As formas mais antigas de misticismo judaico consistiam de doutrinas empíricas. Mais tarde, sob a influência das filosofias neoplatônica eneopitagórica, assumiram um caráter especulativo. Estudiosos modernos identificaram várias irmandades místicas que funcionavam naEuropa medieval, a partir do século XII. Algumas eram verdadeiramente esotéricas, mantendo-se em grande parte anônimas, e se desenvolveram especialmente com base nos textos místicos Sêfer Yetzirá (Livro da Formação), onde se defende a ideia de que o mundo é a emanação de Deus, e Sêfer HaBahir (Livro da Iluminação).
A Cabala transformou-se em objeto de estudo sistemático dos "eleitos", ou baale ha-kabbalah (בעלי הקבלה "possuidores ou mestres da Cabala "). Os estudantes da Cabala tornaram-se mais tarde conhecidos como maskilim (משכילים "iniciados"). Do século XIII em diante, ramificou-se em extensa literatura, em paralelo com o desenvolvimento do Talmude.
Alguns historiadores de religião afirmam que devemos limitar o uso do termo Cabala apenas ao sistema místico e religioso que apareceu depois do século XII e usam outros termos para referir-se aos sistemas esotéricos-místicos judeus anteriores. Outros estudiosos veem esta distinção como sendo arbitrária. Neste ponto de vista, a Cabala pós século XII é vista como a fase seguinte numa linha contínua de desenvolvimento que surgiu dos mesmos elementos e raízes. Desta forma, estes estudiosos sentem que é apropriado o uso do termo Cabala para referir-se ao misticismo judeu desde o primeiro século da Era Comum. O judaísmo ortodoxo discorda de ambas estas opiniões, assim como rejeita a ideia de que a Cabala causou mudanças ou desenvolvimento histórico significativo.
Desde o final do século XIX, com o desenvolvimento do estudo da cultura judaica, a Cabala também tem sido estudada como um sistema racional de compreensão do mundo, mais que um sistema místico. Um pioneiro desta abordagem foi Lazar Gulkowitsch.
O interesse do século XX pela Cabala, incluindo os esforços de investigação acadêmica sobre o assunto, tem inspirado os movimentos de renovação judaica e contribuído para o desenvolvimento da espiritualidade contemporânea não-judaica.

O Zohar.

O texto mais importante da Cabala é o Zohar (זהר "Esplendor"), elabora sobre boa parte do material encontrado no Sêfer Yetzirá e no Sêfer HaBahir. Obra cabalística por excelência, trata-se de um comentário esotérico e místico sobre a Torá (o Pentateuco do Antigo Testamento), escrito em aramaico. A tradição ortodoxa judaica afirma que o Zohar foi escrito pelo rabino Shimon Bar Yohai durante o século II. No século XII, um judeu espanhol chamado Moisés de Leon declarou ter descoberto o texto do Zohar que foi então publicado e distribuído por todo o mundo judeu. Gershom Scholem, um célebre historiador e estudante da Cabala, sustentou que o próprio de Leon teria sido o autor do Zohar. Dentre seus argumentos, um é que o texto utiliza a gramática e estruturas frasais da língua espanhola do século XII; outro é que o autor não tinha um conhecimento exato de Israel.
O Zohar registra o ciclo de morte e renascimento chamado gilgul, ("roda" ou "transformações"), ensinando que cada reencarnação é uma missão especial que inclui lições a se aprender, ordens a serem cumpridas e feitos a serem executados, para equilibrar erros cometidos em existências anteriores. O propósito mais importante do gilgul é a purificação da alma e sua libertação do ciclo de vidas terrenas[5] [6] .

Conceitos.

Alma humana.

O Zohar propõe que a alma humana possui três elementos, nefeshru'ach, e neshamah. O nefesh é encontrado em todos os seres humanos e entra no corpo físico durante o nascimento; é a fonte da natureza física e psicológica do indivíduo. As outras duas partes da alma não são implantadas durante o nascimento, mas criadas lentamente com o passar do tempo. Seu desenvolvimento depende das ações e crenças do indivíduo. Elas só existiriam por completo em pessoas espiritualmente despertas.
Uma forma comum de explicar as três partes da alma é como mostrado a seguir:
  • Nefesh - A parte inferior ou animal da alma. Está associada aos instintos e desejos corporais.
  • Ruach - A alma mediana, o espírito. Ela contém as virtudes morais e a habilidade de distinguir o bem e o mal.
  • Neshamah - A alma superior, ou super-alma. Essa separa o homem de todas as outras formas de vida. Está relacionada ao intelecto, e permite ao homem aproveitar e se beneficiar da pós-vida. Essa parte da alma é fornecida tanto para judeus quanto para não-judeus no nascimento. Ela permite ao indivíduo ter alguma consciência da existência e presença de Deus.
Raaya Meheimna, uma adição posterior ao Zohar, de autor desconhecido, sugere que haja mais duas partes da alma, a chayyah e a yehidahGershom Scholem escreveu que essas "eram consideradas como representantes dos níveis mais elevados de percepção intuitiva, ao alcance somente de alguns poucos escolhidos".
  • Chayyah - A parte da alma que permite ao homem a percepção da divina força.
  • Yehidah - O mais alto nível da alma, pelo qual o homem pode atingir a união máxima com Deus.

Guemátria.

Guemátria, também conhecido como "numerologia judaica", é um método hermenêutico de análise das palavras bíblicas, de origem assírio-babilônica, que atribui um valor numérico definido a cada letra do Torá (Pentateuco).
A cada letra do alfabeto hebraico é atribuído um valor numérico. Os valores guemátricos das 22 letras hebraicas são[7]  :
DecimalLetraHebraico
1Alephא
2Betב
3Gimelג
4Daledד
5Hehה
6Vavו
7Zayinז
8Hetח
9Tetט
DecimalLetraHebraico
10Yudי
20Kafכ
30Lamedל
40Memמ
50Nunנ
60Samechס
70Ayinע
80Pehפ
90Tzadyצ
DecimalLetraHebraico
100Koofק
200Reishר
300Shinש
400Tafת
500Kaf (final)ך
600Mem (final)ם
700Nun (final)ן
800Peh (final)ף
900Tzady (final)ץ
O valor de uma palavra do Torá é definido como o somatório dos valores das letras que a compõem. Quando o valor de uma palavra equivale à de uma palavra diferente, a Guemátria entende que elas necessariamente têm uma ligação simbólica. Analisando estas conexões através de métodos elaborados, as escrituras sagradas são interpretadas e explicadas.

Árvore da Vida.


Árvore da Vida contemplada de uma forma analítica
Árvore da Vida é um sistema cabalístico hierárquico em forma de árvore, dividida em dez Sefirot (partes ou frutos), que tanto podem ser interpretadas como estágios do todo (Universo), quanto ser lidas como estados de consciência.
As Sefirot são consideradas como emanações de Ain Soph, que permanece não manifestado e é incompreensível à inteligência humana.
Os Sefirot emanados são, na sequência:
  1. Kether - Coroa
  2. Chokmah - Sabedoria
  3. Binah - Entendimento
  4. Chesed - Misericórdia
  5. Geburah - Julgamento
  6. Tipareth - Beleza
  7. Netzach - Vitória
  8. Hod - Esplendor
  9. Jesod - Fundamento
  10. Malkuth - Reino
A Árvore da Vida começa em Kether, a centelha divina, a causa primeira de todas as coisas. Esta centelha desce na árvore tornando-se cada vez mais densa. A décima sefirah é Malkuth, a matéria densa, e representa o estado último das coisas. Subindo na Árvore, partindo deMalkuth, o homem eleva seu estado de consciência, aproximando-se cada vez mais de Kether.
Desta forma, a Árvore da Vida pode ser usada tanto para explicar a criação do Universo quanto para hierarquizar o processo evolutivo do homem.

Críticas.

Dualidade Cabalística.

Embora a Cabala sustente a unidade de Deus, uma das críticas mais sérias e persistentes é que pode questionar o monoteísmo e promover o dualismo (crença de que existe um poder do bem contraposto a um poder maligno), pois alguns de seus textos mencionam a existência de uma contraparte sobrenatural de Deus.
Existem dois modelos principais de cosmologia gnóstica dualista: o primeiro, que remonta a Zoroastrismo, acredita que a criação é ontologicamente dividida entre as forças dobem e do mal. A segunda, encontrada em grande parte das filosofias greco-romanas, como o neoplatonismo, acredita que o universo conhecia uma harmonia primordial, mas que uma perturbação cósmica originou uma segunda dimensão da realidade, o mal. Este segundo modelo influenciou a cosmologia da Cabala.
De acordo com a cosmologia cabalista, as dez Sefirot correspondem a dez níveis de criação. Estes níveis da criação não devem ser entendidos como dez diferentes divindades, mas como maneiras ou níveis diferentes de revelar Deus. Não é Deus que muda, mas a capacidade de perceber Deus que muda.
Enquanto Deus pode parecer apresentar natureza dupla (masculina/feminina, compassiva/julgadora, criadora/destruidora), os seguidores da Cabala têm consistentemente salientado a unidade absoluta de Deus. A natureza oculta e ilimitada de Deus, ou Ain Soph, existiria acima de tudo, transcendendo qualquer definição. A habilidade de Deus para tornar-se escondido da percepção é chamada de tzimtzum ("restrição"). O ocultamento torna a criação possível porque Deus pode ser "revelado" em uma diversidade de formas limitadas, formando então os blocos de criação.
Trabalhos cabalísticos posteriores, incluindo o Zohar, parecem afirmar o dualismo mais fortemente. Eles atribuem todos os males do universo a uma força sobrenatural, conhecida como Achra Sitra[8] ("outro lado"), que também emana de Deus. A "esquerda" da emanação divina é um reflexo negativo do lado de "santidade", com que foi bloqueado em combate [9] . Embora neste aspecto o mal exista dentro da estrutura divina dos Sefirot, a Zohar indica que o Ahra Sitra não tem poder sobre o Ain Soph, e só existe como um aspecto necessário da criação de Deus para dar ao homem o livre arbítrio, e que o mal é a consequência dessa escolha. Não é uma força sobrenatural em oposição a Deus, mas um reflexo da luta interna moral dentro de humanidade entre os ditames da moralidade e da renúncia de instintos básicos.





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    Fonte; Conheça seu Anjo;  EDT;  Nova Cultural.
    Fonte; Salmos  e Anjos;  EDT.  Alto Astral.
    Fonte; Anjos Cabalísticos;   EDT.  Companhia dos Anjos.
    Fale comigo;  jacintavs1@gmail.com



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