sábado, 24 de outubro de 2015

24/10- OSIRIS

Este dia é regido pelo deus Egípcio, que esta associado ao elemento  água. Proporciona energias de emoções, sensibilidade, caráter, persistência e percepção interior. As pessoas nascidas nesse dia deverão fazer o bem sem olhar a quem. Promover a harmonia entre as pessoas e semear alegria . Deverá ter como meta um bom coração, e ter pela familia verdadeira adoração. Tera que ter força e desprendimento de poder, administrar tudo que é possível a sua volta para poder ser bem sucedido. Sua habilidade maior e governar seu lar com tolerância. Seu carisma é notado por todos a sua volta. Será tido pelo seu cônjuge um romântico inveterado, e fara feliz todos  que conviverem com ele.






O nome Osíris.


Estátua de Osiris
Segundo Diodoro Sículo, os primeiros egípcios, logo que surgiram, olharam para o céu e ficaram com temor do Universo, e imaginaram dois deuses eternos, o Sol e a Lua, respectivamente Osíris e Ísis.[3] Osíris significa muitos-olhos, um significado apropriado para representar os raios do Sol, que vêem tudo, tanto a terra quanto o mar.[4] Os mitógrafos gregos, ainda segundo Diodoro Sículo, identificaram Osíris com Dionísio e com a estrela Sirius; Diodoro cita poemas de Eumolpo e Orfeu identificando Dionísio com a estrela Sirius.[5] Segundo alguns, Osíris era representado com uma capa de estrelas, imitando o céu estrelado.[6]
Segundo Isaac NewtonOsíris é um nome grego; eles interpretaram o lamento egípcio 0 Sihor, Bou Sihor como Osíris, Busíris[7] . Ele identifica Osíris com o faraó Sesac ou Sesóstris, um grande conquistador, que reinou de 1002 a.C. a 956 a.C.[8] .


Fragmento de Livro dos Mortosonde se representa Osíris

Iconografia.



Representação mais comum de Osíris

"Osíris Vegetante".
A representação mais antiga conhecida de Osíris data de 2300 a.C.. A sua representação mais comum correspondia ao de um homem mumificado com uma barba postiça, com braços que emergem do corpo cruzados sob o peito. As suas mãos seguram o cajado hekat e o açoite nekhakha[9] . Na cabeça Osíris apresentava a coroa atef, isto é, uma coroa branca com duas plumas de avestruz. Em algumas representações poderia ter um uraeus (serpente) sob a coroa e uns cornos de carneiro.
Poderia também ser retratado como uma múmia deitada de cujo corpo emergiam espigas ("Osíris vegetante"). Esta representação está associada a um prática dos Egípcios que consistia em regar uma estátua do deus feita de terra e de trigo. Estas estátuas eram depois enterradas nas terras agrícolas, acreditando-se que seriam a garantia de uma próspera colheita. Este costume está atestado desde a Pré-História do Egipto até à época ptolemaica.
A pele do deus poderia ser verde ou negra, cores que os Egípcios associavam à fertilidade e ao renascimento.
A representação de Osíris como um animal era rara. Quando se verificava o deus poderia surgir como um touro negro, um crocodilo ou um grande peixe.

O mito de Osíris.

O mito de Osíris é conhecido graças a várias fontes, sendo a principal o relato de Plutarco (século IDe Iside et Osiride (Sobre Ísis e Osíris). Alguns textos egípcios, como os Textos das Pirâmides, os Textos dos Sarcófagos e Livro dos Mortos, narram vários elementos do mito, mas de uma forma fragmentária e desconexa.
Osíris é apresentado como filho de Geb e Nut[1] , tendo como irmãos Ísis, Néftis e Set. É portanto um dos membros da Enéade de Heliópolis. Ísis não era apenas sua irmã, mas também a sua esposa.
Osíris governou a terra (o Egito), tendo ensinado aos seres humanos as técnicas necessárias à civilização, como a agricultura e a domesticação de animais. Foi uma era de prosperidade que contudo chegaria ao fim.
O irmão de Osíris, Seth, governava apenas o deserto, situação que não lhe agradava. Movido pela inveja, decide engendrar um plano para matar o irmão. Auxiliado por setenta e dois conspiradores, Seth convidou Osíris para um banquete. No decurso do banquete, Seth apresentou uma magnífica caixa-sarcófago que prometeu entregar a quem nela coubesse. Os convidados tentaram ganhar a caixa, mas ninguém coube nela, dado que Seth a tinha preparado para as medidas de Osíris. Convidado por Seth, Osíris entra na caixa. É então que os conspiradores trancam-na e atiram-na para o rio Nilo. A corrente do rio arrasta a caixa até ao mar Mediterrâneo, acabando por atingir Biblos (Fenícia).
Ísis, desesperada com o sucedido, parte à procura do marido, procurando obter todo o tipo de informações dos encontra pelo caminho. Chegada a Biblos, Ísis descobre que a caixa ficou inscrustrada numa árvore que tinha entretanto sido cortada para fazer uma coluna no palácio real. Com a ajuda da rainha, Ísis corta a coluna e consegue regressar ao Egito com o corpo do amado, que esconde numa plantação de papiros.
Contudo, Seth encontrou a caixa e furioso decide esquartejá-lo em catorze pedaços o corpo que espalha por todo o Egipto; em alguns textos do período ptolemaico teriam sido dezesseis ou quarenta e duas partes. Quanto ao significado destes números, deve referir-se que o catorze é número de dias que decorre entre a lua cheia e a lua nova e o quarenta era o número de províncias (ou nomos) em que o Egipto se encontrava dividido.
Ísis, auxiliada pela sua irmã Néftis, partiu à procura das partes do corpo de Osíris. Conseguiu reunir todas, com excepção do pénis, que teria sido devorado por um ou três peixes, conforme a versão. Para suprir a falta deste, Ísis criou um falo artificial com caules vegetais. Ísis, Néftis e Anúbis procedem então à prática da primeira mumificação. Ísis transforma-se em seguida num milhafre que graças ao bater das suas asas sobre o corpo de Osíris cria uma espécie de ar mágico que acaba por ressuscitá-lo; ainda sob a forma de ave, Ísis une-se sexualmente a Osíris e desta cópula resulta um filho, o deus Hórus. Ísis deu à luz este filho numa ilha do Delta, escondida de Seth. A partir de então, Osíris passou a governar apenas o mundo dos mortos. Quanto ao seu filho, conseguiu derrubar Seth e passou a reinar sobre a terra.

Mito e história.

Alguns autores especulam que o mito de Osíris possa ter ligações com eventos históricos. Assim, Osíris seria um chefe nômade responsável pela introdução da agricultura na região do Delta. Aqui teria entrado em conflito com Seth, líder das populações do Delta. Osíris teria sido morto por Seth e vingado pelo seu filho.
Segundo Newton, Osíris e Busíris é como os gregos interpretaram o lamento egípcio O Siris e Bou Siris; Newton identifica Osíris com vários conquistadores mitológicos: Sesac,BacoMarte, o Hércules egípcio citado por Cícero e Belo[8] . Sua morte é dada no ano 956 a.C., e ele é morto por seu irmão Jápeto[8] .

Símbolos.


Pilares djed (a verde)
símbolo mais importante associado a Osíris era o pilar ou coluna djed. Não se sabe o significado exacto deste símbolo, tendo sido proposto que representaria quatro pilares vistos uns atrás dos outros, a coluna vertebral de um homem ou do próprio Osíris ou uma árvore de cedro da Síria com os ramos cortados (esta última hipótese relaciona-se no relato mítico segundo o qual a caixa-sarcófago ficou inscrustrado num cedro). O djed representava para os Egípcios a estabilidade e a continuidade do poder.
O djed era o elemento principal de uma cerimónia ritual que se celebrava durante a festa heb sed do faraó (o jubileu real), denominada como a "erecção da coluna djed" e das quais se conhecem várias representações.
A nébride, ou seja, a pele de um animal esfolado (julga-se que seria a pele de uma vaca ou então de um felino) pendurada num pau que está inserido num recipiente, era outro símbolo associado ao deus.
Osíris tinha como barca sagrada a nechemet, na qual as Ísis e Néftis eram representadas ocupando respectivamente a proa e a popa.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b Textos das Pirâmides1. NUT AND THE DECEASED KING, UTTERANCES 1-11, 8d-8f na tradução por Samuel A. B. Mercer
  2. Ir para cima Isaac NewtonThe Chronology of Ancient KingdomsChapter 2: Of the Empire of Egypt, p.192
  3. Ir para cima Diodoro SículoBiblioteca Histórica, Livro I, 11.1
  4. Ir para cima Diodoro SículoBiblioteca Histórica, Livro I, 11.2
  5. Ir para cima Diodoro SículoBiblioteca Histórica, Livro I, 11.3
  6. Ir para cima Diodoro SículoBiblioteca Histórica, Livro I, 11.4
  7. Ir para cima Isaac NewtonThe Chronology of Ancient KingdomsChapter 1: Of the Chronology of the First Ages of the Greeks, p.98
  8. ↑ Ir para:a b c Isaac NewtonThe Chronology of Ancient KingdomsA Short Chronicle from the First Memory of Things in Europe, to the Conquest of Persia by Alexander the Great
  9. Ir para cima Poliane Vasconi dos Santos, RELIGIÃO E SOCIEDADE NO EGITO ANTIGO: UMA LEITURA DO MITO DE ÍSIS E OSÍRIS NA OBRA DE PLUTARCO, p.66

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